Mundo, 2017. Segundo pesquisas, o ser humano está vivendo mais: a longevidade tornou assunto do momento. Falar hoje sobre uma pessoa de sessenta anos definitivamente não é da mesma forma que se falava outrora.
Hoje, uma pessoa de sessenta anos está inserida no mercado de trabalho, atuando e também usando toda a sua experiência profissional dentro da conjuntura de qualquer empresa. Faz planos, cursos, projeta, empenha-se, sonha. Em outros tempos, chegar a essa idade era o início do fim, do fim profissional e da própria vida, sem maiores perspectivas de futuro.
Mas não é bem esse o meu assunto neste momento, embora seja um assunto de extrema importância social.
Nossa escola, Colégio Santa Catarina, este ano completa seus sessenta anos e, é claro, as metáforas são óbvias.
Nossa escola também nasceu, foi muito jovem, tornou-se adulta e agora está em sua   melhor idade. Assim como com as pessoas, para esta instituição dar os primeiros passos não deve ter sido nada fácil: as quedas, os caminhos, as mudanças, as retomadas de rumos, certamente estiveram no caminho desta jovem escola, e certamente estarão ainda, pois educação é um constante caminhar e aprender.
Mas ao chegar a esta idade em especial é também poder dizer que, chegar aqui foi um propósito de fé, uma missão das mais bonitas, pois compartilhar conhecimento é o que nos faz ir em frente, atuar na sociedade em que estamos inseridos, ajudar a construir o lugar que vivemos, também colocar sementes nas mãos de tantos jovens que plantaram, entenderam a sabedoria da espera, colheram e agora, outras e mais outras gerações também continuam e continuarão a trilhar este caminho.
Parabéns a esta senhora que dribla o tempo, que se faz melhor a cada dia, que se desafia e se supera e que aos sessenta anos torna-se jovem para reiniciar o dia a dia, porque essa é a sua missão e esta missão é sua alegria. 
Parabéns.

José Felipe Pires Centeno
Professor de História do CSC